Ao contrário do que muitas más-línguas vaticinavam, manifestando mais as suas orações do que inteligência na análise, os dirigentes que deram a cara pela guerra do Iraque não perderam as eleições seguintes, nos seus países, antes conseguindo ganhar novos mandatos, em condições superiores ou equivalentes.
A excepção foi Aznar que, por razões também excepcionais e por accção directa do próprio terrorismo internacional, perdeu as eleições para o Zapatero cuja primeira medida foi, covardemente, retirar as tropas do Iraque como que pedindo: por favor não ponham mais bombas em Espanha. Apesar disso sai prestigiado, sendo uma referência a nível Europeu, pela forma acertiva como governou, desenvolvendo a economia Espanhola e permitindo um período de grande desenvolvimento no País.
George Bush foi reeleito com uma maioria clara, o que não acontecera no primeiro mandato, reforçando a sua posição, provando que passa a mensagem e que lhe dão razão.
Durão Barroso, tão acusado , foi eleito Presidente da Comissão Europeia, na Europa que se opôs à Guerra ! Tendo ( ainda ) o Chirac a meter-lhe minas no caminho com aquela arrogância francesa muito própria do "quem não é por mim é contra mim".
Tony Blair, o trabalhista, o de esquerda, ganhou de forma inédita no Reino Unido, um terceiro mandato com maioria absoluta. Mesmo o facto de ter perdido deputados não desvaloriza o inédito feito: ao fim do desgaste de dois mandatos de governação e de todas as acusações sobre a guerra do Iraque ( foi um dos principais temas da campanha ), consegue ganhar as eleições para um novo mandato e com maioria absoluta.
É caso para dizer : as boas guerras compensam !
Qual será a inteligente análise - e introspecção ? - a estes assuntos dos alguns nossos fervorosos pensadores, como Mário Soares e Francisco Louçã, só para citar os mais activos e, parece, os mais senis no pensamento !
Boa nota