A couple of weeks ago, while I was on vacation, my cell phone rang; it was Jorge Bolanos, the head of the Cuban Interest Section (we of course don't have diplomatic relations with Cuba) in Washington. "I have a message for you from Fidel," he said. This made me sit up straight. "He has read your Atlantic article about Iran and Israel. He invites you to Havana on Sunday to discuss the article." I am always eager, of course, to interact with readers of The Atlantic, so I called a friend at the Council on Foreign Relations, Julia Sweig, who is a preeminent expert on Cuba and Latin America: "Road trip," I said.
I quickly departed the People's Republic of Martha's Vineyard for Fidel's more tropical socialist island paradise. Despite the self-defeating American ban on travel to Cuba, both Julia and I, as journalists and researchers, qualified for a State Department exemption. The charter flight from Miami was bursting with Cuban-Americans carrying flat-screen televisions and computers for their technologically-bereft families. Fifty minutes after take-off, we arrived at the mostly-empty Jose Marti International Airport. Fidel's people met us on the tarmac (despite giving up his formal role as commandante en jefe after falling ill several years ago, Fidel still has many people). We were soon deposited at a "protocol house" in a government compound whose architecture reminded me of the gated communities of Boca Raton. The only other guest in this vast enclosure was the president of Guinea-Bissau. (...)
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I asked him, "At a certain point it seemed logical for you to recommend that the Soviets bomb the U.S. Does what you recommended still seem logical now?" He answered: "After I've seen what I've seen, and knowing what I know now, it wasn't worth it all."
I was surprised to hear Castro express such doubts about his own behavior in the missile crisis - and I was, I admit, also surprised to hear him express such sympathy for Jews, and for Israel's right to exist (which he endorsed unequivocally).
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Jeffrey Goldberg - Jeffrey Goldberg is a national correspondent for The Atlantic. Author of the book Prisoners: A Story of Friendship and Terror, he has reported from the Middle East and Africa. He also writes the magazine's advice column
Reflexões do companheiro Fidel
MUDANÇAS SAUDÁVEIS NO CONSELHO DE MINISTROS
Por ocasião das mudanças no seio do Executivo, algumas agências de notícias se rasgam as vestes.
Várias delas falam ou se tornam eco de boatos "populares" sobre a substituição dos "homens de Fidel" pelos "homens de Raúl".
Nunca foi proposta por mim a maioria dos que foram substituídos. Quase sem excepção chegaram as suas responsabilidades propostos por outros companheiros da direcção do Partido ou do Estado. Nunca me dediquei a esse ofício.
Jamais subestimei a inteligência humana, nem a vaidade dos homens.
Os novos ministros que acabam de ser nomeados foram consultados comigo, apesar de que nenhuma norma obrigava os que os propuseram a terem essa conduta visto que há tempo renunciei às prerrogativas do poder. Agiram simplesmente como revolucionários autênticos que levam em si mesmos a lealdade aos princípios.
Não se cometeu injustiça com determinados quadros.
Nenhum dos dois mencionados pelos telexes como sendo os mais afectados, pronunciou uma palavra para expressar inconformidade alguma. Não era em absoluto ausência de valor pessoal. A razão era outra. O mel do poder pelo qual não conheceram sacrifício algum despertou neles ambições que os conduziram a um papel indigno. O inimigo externo se encheu de ilusões com eles.
(...)
Fidel de castro Ruz
3 de março de 2009
In "Raul Castro realiza remodelação ministerial em Cuba" . Público [on-line] Lisboa, 02.03.2009. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1367396. 2 de Março de 2009
As coisas mexem e Raul Castro reforça o seu poder em Cuba.
Parece evidente a tensão entre Fidel e Raul, facções mais reformistas ou mais conservadores . O reforço do poder de Raul Castro é indispensável para ele governar por ele, e para mudar, de facto, o rumo político dos útlimos 50 anos.
Vamos ver como Raul se sai e se não vai haver uma contra ofensiva liderada por alguém próximo de Fidel, com essa legitimidade, efectiva, ou não.
Fidel não reflete há 15 dias. As suas opiniões intimidam muitos cubanos e não é indiferente as pessoas perceberem que ele não está de acordo com o rumo da política cubana - apesar do apelo que o próprio fez para que as pessoas não se sentissem intimidadas com as suas opiniões, claro que ele as expressa com sentido de influenciar, nem de outra forma poderia ser, vindo de quem vem.
Na sequência do post anterior, aqui publico nova reflexão de Fidel Castro, de 22 de janeiro, distribuída pelo corpo diplomático .
O sublinhado é meu. Sublinho onde ele diz que escreverá menos este ano para que as suas opiniões não inlfuenciem ou atrapalhem as tomadas decisão da nova direcção do PC Cubano. Avança desculpando estas decisões (eventuais) contraditórias ao seu pensamento com a gravidade da crise económica e a necessidade de decisões específicas a esta altura. Insiste que, em todo o caso, ninguém se deve sentir constrangido com as suas reflexões.
Finaliza chamando à atenção para todo o seu pensamento (os seus escritos) dos últimos 50 anos e supõe que não estará vivo daqui a quatro anos, aquando do final deste mandato do Obama.
O DÉCIMO-PRIMEIRO PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOSReflexões do companheiro FidelNa passada terça-feira 20 de Janeiro de 2009 assumiu a chefia do império Barack Obama como o Presidente número onze dos Estados Unidos, desde o triunfo da Revolução Cubana em Janeiro de 1959.Ninguém poderia duvidar da sinceridade de suas palavras quando afirma que irá converter seu país num modelo de liberdade, respeito pelos direitos humanos no mundo e pela independência dos outros povos. Sem que isto, é claro, ofenda quase ninguém, excepto alguns os misantropos num qualquer canto do mundo. Já afirmou comodamente que o cárcere e as torturas na base ilegal de Guantánamo cessariam de imediato, o que começa a semear dúvidas aos que rendem culto ao terror como instrumento indispensável da política exterior do seu país.O rosto inteligente e nobre do primeiro presidente negro dos Estados Unidos, desde sua fundação há dois séculos e um terço como república independente, tinha-se auto-transformado sob a inspiração de Abraham Lincoln e Martin Luther King, até se tornar em símbolo vivente do sonho americano.Não obstante, apesar de todas as provas suportadas, Obama não tem passado pela principal de todas. O quê fará quando o imenso poder que tomou em suas mãos seja absolutamente inútil para ultrapassar as insolúveis contradições antagónicas do sistema?Reduzi as Reflexões tal como me propusera para o presente ano, no intuito de não interferir nem estorvar os companheiros do Partido e do Estado nas decisões constantes que devem tomar frente a dificuldades objetivas derivadas da crise econômica mundial. Eu estou bem, mas insisto, nenhum deles deve se sentir comprometido por minhas eventuais Reflexões, a gravidade da minha doença ou pela minha morte.Revejo os discursos e materiais elaborados por mim ao longo de mais de meio século.Tive o raro privilégio de observar os acontecimentos durante muito tempo. Recebo informação e medito sossegadamente sobre os acontecimentos. Não espero desfrutar de tal privilégio dentro de quatro anos, quando o primeiro período presidencial de Obama tenha concluído.Fidel Castro Ruz22 de janeiro de 200918h30
Fidel Castro, desde que foi afastado do poder e sempre que tem saúde suficiente, escreve artigos vários e periódicos a que tem chamado reflexiones del companhero Fidel. Estes artigos têm sido publicados no site Cuba Debate sendo também enviados para inúmeros destinatários de todo o mundo através do corpo diplomático Cubano a que Fidel de Castro tem tido acesso . Tenho lido desde há um par de anos muitas destas reflexões. Nos últimos meses (talvez três meses) não foi emitido nenhum artigo de Fidel e ele deixou de aparecer em público o que pronuncia um agravamento significativo do seu estado de saúde. Ontem, 21 de janeiro, foi publicado, finalmente, um curto artigo de Fidel no referido site a propósito da visita a Cuba da presidente da Argentina, Cristina Kirchner , que ele recebeu. É este recente artigo que eu analiso neste post. O artigo também é aqui publicado.
La conversación duró 40 minutos, el intercambio de ideas fue intenso e interesante como esperaba. Es una persona de convicciones profundas. No hubo debates. Cuando habló en el Aula Magna de la Universidad de La Habana, respondía rápidamente las preguntas de los estudiantes mostrando talento y capacidad de respuesta. En la Escuela Latinoamericana de Medicina el encuentro fue emotivo; los cantos de los estudiantes campesinos de origen Guaraní con música e instrumentos típicos de esa etnia, dieron un tono especial al acto. Le obsequiaron una bata médica, se la colocó encima del traje de chaqueta y pantalón naranja. De la ELAM salió para conversar conmigo. Al hablar de Estados Unidos le señalé la importancia histórica para Cuba de que ayer a las 12 del día habían transitado 10 presidentes a lo largo de 50 años, en los que a pesar del inmenso poder de ese país no habían podido destruir la Revolución Cubana. Expresé que no albergaba personalmente la menor duda de la honestidad con que Obama, undécimo presidente desde el 1 de Enero de 1959, expresaba sus ideas, pero que a pesar de sus nobles intenciones quedaban muchas interrogantes para responder. A modo de ejemplo me preguntaba: cómo podría un sistema despilfarrador y consumista por excelencia preservar el medio ambiente. Muchos otros aspectos de política nacional e internacional de Cuba y de Argentina fueron abordados. La capacidad de Argentina de producir alimentos y productos industriales con tecnología avanzada son factores decisivos para su desarrollo. Mencionó la capacidad de ingeniería informática para comercializar en el mercado mundial, en países como la India de gran interés para ella, que es en cambio muy fuerte en la creación de programas. A Cristina le gusta consagrarse al trabajo y dedicarle todo el tiempo. No obstante es capaz de proteger sus derechos cuando viaja a otro país, imponer un número de horas para hacer ejercicios y adaptarse, lo cual todos respetan.
Fidel Castro Ruz 21 de enero de 2009 6 y 30 p.m. |