Picture: © Daniel Slusarcik, 2006
Flags are visible in every corner of the stadium. Hundreds of flags of two different colours waving in the wind. Let’s go back to Sunday night, 8th of October of 2006 in Camp Nou, the football-stadium of FC Barcelona. Everywhere people are chanting and supporting their team. There are two varieties of flags waving in the stadium: Senyeres and Ikurriñas - the flags of Catalonia and the Basque country. Over 55,000 fans have come to watch the game between the two football teams. It is evident that the match is not only about football. Banners advocating self-determination have turned the stadium into something resembling an enormous political rally. One banner stands out. It is huge and carries the slogan “Catalonia is not Spain”.
In Madrid they only care about Madrid!
Catalonia, together with the Basque country and Galicia form part of the historical regions of Spain. In terms of legislation and administration they are endowed with significant power of their own. But it has not always been this way. More than once in its history, Catalonia was forced to give up its autonomous rights and powers. During Franco’s dictatorship from 1939 until 1977 the right of self-administration was abolished by the central state. The use of the Catalan language was prohibited and sanctioned, classes were taught only in Spanish and the names of cities and towns had to be changed. Only when Franco died and Spain became a democratic state in 1978 was Catalonia able to regain its independence. Since then much effort has been made to maintain and promote the Catalan culture and to enforce the use of Catalan as the only official language in administration as well as in schools.
(...) Ver todo o artigo em:
Gennadi Kneper, Ina Mettjes, & Lisa Muench - “Catalonia is not Spain” In point-e magazine, european perspectives on politics, culture and ideas. [on-line]Germany: point-e magazine, 2007.http://www.point-e.com/show/87.
Não te enganes, a Catalunha não é Espanha
http://catalonia-is-not-spain.spaces.live.com/
Josep-Lluís Carod Rovira, vice-presidente do Governo Autónomo da Catalunha, diz que quer um referendo para a independência da Catalunha em 2014, e eu não vejo nenhuma razão para que isso não seja possível ou exequível. Ele tem alguma razão na análise estratégica que faz no que respeita ao posicionamento português em relação a esta questão. Uma península Ibérica das Nações, nesta Europa, só pode beneficiar a importância estratégica de Portugal, em contraponto com o mata-borrão Espanhol, na influência política e económica.
As novas repúblicas saídas de Espanha serão isso mesmo, repúblicas e não reinos (e isto, quanto mim, também é uma questão muito importante, muito longe de ser insignificante), vão procurar equilíbrios geoestratégicos que as afastem de Madrid. Nós temos aí o nosso espaço preferêncial.
Não há razão para a Catalunha não fazer valer a suas teses de um referendo independentista (depois ganhador). Não tem terrorismo e é a segunda região mais poderosa de Espanha com uma autonomia já muito alargada. Eles podem fazer um referendo, mesmo contra a constituição espanhola. Quem vai intervir? O Exército? - Ninguém acredita. E o apoio do catalães é esmagador.
A importância desta questão, agora, é que a Catalunha tem mesmo poder para fazer um referendo independentista! E eles lançaram isto para a agenda de forma propositada e calculista. Acho inevitável que avancem mesmo, se não for em 2014, será em 2015 ou 2016. Não me restam muitas dúvidas.
E depois, quem pára a Galiza (que sózinha dificilmente consegue valer as suas teses). Ainda há dias houve uma manifestação de 25 000 pessoas em Vigo a favor de declarar que o galego era uma variação do português. Os galegos também querem sair do domínio de Madrid e aproximar-se de Portugal. Sentem que historicamente fazem parte natural de Portugal. Querem ser uma região da Europa, independente, com grande aproximação ao nosso país.
Depois disto resta o País Basco, para já e se não surgir mais nenhum caso fortemente indepentista entretanto, o que pode muito provávelmente acontecer. Quem segura os Bascos, depois do exemplo da Catalunha? Resposta: ninguém. É um movimento imparável que vai levar, em dez ou vinte anos à desagregação de Espanha, conforme a conhecemos neste momento, com aumento da influência política e económica de Portugal (Brasil e África no Roteiro).
É a Ibéria da Nações.
No meio disto tudo o Saramago acha que se deve meter nos problemas da Catalunha porque lhe fazem perguntas. Só falsamente é que é um comentário sobre Portugal, logo teria feito melhor não se meter, digo eu. Na realidade o Saramago continua a navegar na Jangada de Pedra; faz-me lembrar os Flintstones!
Ver Jornal Público, 18 de Maio de 2008
http://ultimahora.publico.clix.pt/notici
In Jornal Público, 18 de Maio de 2008. http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1329153&idCanal=31.
SIM, O POVO TAMBÉM PODE SER UM NOJO