Cessar-fogo na Faixa de Gaza
Depois de uma conversa com Barack Obama, Benjamin Netanyahu aceitou um cessar-fogo com o Hamas.
18:26 Quarta feira, 21 de novembro de 2012 |
O chefe da diplomacia egípcia anunciou hoje um cessar-fogo que entrará em vigor às 19h (hora de Lisboa) na Faixa de Gaza.
Os esforços do Egito para uma trégua permitiram "um acordo de cessar-fogo" entre Israel e o Hamas [movimento radical que controla a Faixa de Gaza desde junho de 2007], que "terá efeito às 21h, hora do Cairo" (19h em Lisboa), afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio, Mohammed Kamel Amr, durante uma conferência de imprensa com a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton.
"Médio Oriente: Ameaça de nova guerra
Após dois dias de fortes bombardeamentos contra a Faixa de Gaza, o Exército israelita estava ontem a concentrar meios militares na fronteira e ultimava planos para mobilizar 75 mil reservistas, sinais de que pode estar iminente uma ofensiva terrestre.
Aquilo que começou por parecer uma operação limitada destinada a eliminar o líder militar do Hamas, Ahmed al-Jabari, morto quarta-feira num ataque aéreo, transformou-se, nas últimas horas, numa ofensiva aérea em larga escala, com ataques a cada 5 minutos.
Os alvos iniciais foram as bases de lançamento de rockets usadas nos últimos meses pelo Hamas para lançar ataques diários contra o sul de Israel, mas ontem a aviação israelita centrou os seus ataques nas posições defensivas do grupo extremista junto à fronteira. Foram igualmente bombardeados vários campos de minas, ao que tudo indica para abrir corredores para uma incursão terrestre. Se a isto juntarmos a mobilização de 75 mil reservistas e o envio de tanques para junto da fronteira, tudo aponta para uma ofensiva iminente.
O Hamas tem respondido com o lançamento de centenas de rockets, dois dos quais caíram ontem junto a Telavive e Jerusalém, sem causar vítimas."
Conflito
Israel bombardeia edifícios do Hamas e prepara-se para ataque terrestre
17.11.2012 - 08:45
"De acordo com o Hamas, o movimento palestiniano que controla a região, aviões israelitas bombardearam o edifício do primeiro-ministro Ismail Haniyeh, que na sexta-feira tinha ali se reunido com o primeiro-ministro egípcio. As bombas também atingiram instalações policiais.
Hoje, foi a vez do ministro tunisino dos Negócios Estrangeiros ter visitado Gaza e pedido a Israel para "parar a agressão". Rafik Abdesslem disse que "Israel tem de perceber que não está acima da lei internacional".
O vice-ministro israelita dos Negócios Estrangeiros, Danny Ayalon, disse à CNN que uma invasão poderia acontecer antes do final do fim-de-semana: "Não queremos entrar em Gaza a não ser que tenhamos de o fazer. Mas se continuarem a disparar contra nós... uma operação terrestre é uma opção", disse à estação de televisão norte-americana. "Se virmos que nas próximas 24 a 36 horas há mais rockets lançados contra nós, penso que esse seria o que provocaria a operação".
O ministro da Defesa, Ehud Barak, afirmou pelo seu lado que Israel está "determinado" a cumprir o objectivo da operação - destruir o arsenal de rockets dos palestinianos de Gaza (embora o facto de terem sido atingidos também locais ligados à liderança do Hamas possam indiciar um objectivo de atingir também o movimento)." (...)